Meta similar, cenário oposto: Vovô e Leão jogam clássico

O Campeonato Cearense voltou às atividades na última segunda-feira com uma enxurrada de gols e passeio dos gigantes do Estado. Entretanto, é chegada a hora de colocar frente a frente as duas maiores forças que fatalmente estarão na próxima etapa da competição. Após mais de um mês de preparação, tomando todos os cuidados com relação à segurança de atletas, comissões técnicas e demais envolvidos, Ceará e Fortaleza terão o duelo tão esperado, embora ninguém queira assumir tamanha responsabilidade. O encontro acontece logo mais, às 22h30, na Arena Castelão vazia pela primeira vez na História dos confrontos.
Embora com objetivos bem parecidos, os cenários para a dupla que representa o Estado na elite do futebol nacional são diferentes. De um lado, o Vozão de Guto Ferreira, que, apesar de ter chegado ao clube há meses, só fez sua estreia na goleada por 5 a 0 diante do Barbalha, na matinê disputada em Itaitinga. Do outro, o Tricolor de Rogério Ceni, que praticamente se sente em casa no Pici, conta com a idolatria da torcida leonina e, de quebra, já é considerado um dos maiores treinadores do clube em todos os tempos.
Ou seja, o encontro entre as camisas mais pesadas do certame terão oponentes vivenciando momentos opostos com relação aos planejamentos. O Alvinegro está em plena fase de remontagem, de princípio de trabalho, com o comandante ainda buscando implementar sua filosofia junto ao elenco. O Leão, por sua vez, encara o compromisso como avaliação de um esboço tático que pode, provavelmente, manter a estrutura já habitual imposta pelo treinador ao longo de anos de trabalho.

Lado alvinegro
Guto Ferreira gostou da apresentação de seus comandados diante do Barbalha. O novo treinador fez questão de não fazer grandes intervenções na forma de a equipe jogar, mantendo a “herança” do trabalho de Enderson Moreira, que deixou o clube de Porangabuçu ainda no início do processo de pandemia (18 de março) após receber proposta para treinar o Cruzeiro, que luta para se remontar e voltar à Série A.
O estilo de jogo pode parecer similar, mas foi possível constatar pequenas mudanças no que diz respeito, principalmente, ao processo de movimentação dos setores. Percebe-se que Guto projeta uma equipe aguerrida, propositiva, que invade o campo adversário com vários homens para abafar a saída de bola, estabelecendo o tão falado “perde-pressiona”. Assim, diversas vezes o Ceará agrediu o Barbalha e impediu que o rival interiorano encontrasse espaços para desenvolver seu jogo.
Com três peças trocando de posição e conectando bem as jogadas após a risca de meio-campo (Vina, Lima e Felipe Silva), o novo técnico tenta dividir a responsabilidade de municiar o homem de frente, que hoje é Rafael Sóbis. Aliás, a direção alvinegra ainda avalia o mercado em busca de alternativas para função de centroavante. O trio participou ativamente e foi responsável direto por quatro dos cinco tentos contra a Raposa dos Verdes Canaviais. Guto, agora, terá um adversário de peso para avaliar melhor as opções.

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By Samanta Abdala

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