Uma nova fase da Operação Granjeiro, da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), foi deflagrada ontem (15) para investigar o assassinato do ex-prefeito do município, João Gregório Neto. Entre as ações desempenhadas na operação estão o cumprimento de nove mandados de prisão preventiva a pessoas investigadas de participar do crime, incluindo o atual prefeito de Granjeiro, Ticiano da Fonseca Felix, e seu pai, Vicente Felix de Sousa.
A investigação suspeita que os dois tenham planejado o homicídio do então gestor, que foi morto a tiros no dia 24 de dezembro de 2019, nos entornos de sua residência, enquanto fazia um passeio. Na ocasião, moradores do município que estavam nas imediações relataram ter visto um veículo se aproximar de João Gregório momentos antes dos disparos e que, quando chegaram até o gestor, de modo a tentar socorrê-lo, já o encontraram sem vida.
Os mandados foram cumpridos nos municípios de Fortaleza, Crato, Juazeiro do Norte, na própria cidade de Granjeiro e também em Salgueiro, no estado de Pernambuco. Foram cumpridos, além dos mandados de prisão, 15 mandados de busca e apreensão. Conforme a Polícia Civil, foram mobilizados 60 agentes nas ações.
João Gregório e o vice-prefeito, Ticiano Tomé, foram eleitos na mesma chapa, em 2016, mas romperam politicamente desde então. Já em 2019, foram feitas denúncias, por parte do grupo político que integra o vice, sobre o titular da chapa, acusando-o de transferir uma quantia aproximada de R$ 26 milhões, em um esquema envolvendo o benefício de aposentadoria rural de um parente. As acusações tomam como base as investigações ligadas à operação Bricolagem, que verificavam a existência de fraudes em licitações feitas para construir escolas.
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