O vice-presidente Hamilton Mourão disse nesta terça-feira (14) que, se o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tiver “grandeza moral”, terá que se desculpar pela declaração de que o Exército se associou a um “genocídio” durante a pandemia do novo coronavírus.
Na segunda (13), o vice já havia dito que Gilmar “forçou a barra e ultrapassou o limite da crítica”. Em nota divulgada na manhã desta terça, o ministro respondeu que não atingiu a honra do Exército e manteve as críticas à “substituição de técnicos por militares nos postos-chave do Ministério da Saúde”.
Em reação às afirmações de Gilmar, o Ministério da Defesa afirmou que entraria com uma representação contra ele na Procuradoria-Geral da República (PGR).
Ministério da Saúde
Nesta terça, Mourão comentou ainda que é preciso esperar a redução no avanço da Covid-19 no País para promover a troca no comando do Ministério da Saúde. “Espera a pandemia arrefecer, aí troca”, disse. Eduardo Pazuello, general da ativa, está no comando interino da pasta há dois meses, após a saída de Nelson Teich.
Na visão do vice-presidente, a Covid-19 apresenta “menores graus de letalidade em locais onde houve avanço muito rápido”, como São Paulo, Rio de Janeiro, Manaus e Belém. “Deixa que se tenha noção de que atingimos um ponto de controle para aí trocar ministro.”
*Com Estadão Conteúdo