Os números da economia brasileira, até por conta da pandemia do novo coronavírus que assola o País, são preocupantes. Para termos uma ideia, o IBGE informou que 1,3 milhão de empresas brasileiras estavam com atividades suspensas ou encerradas na primeira quinzena de junho. Desse total, 522 mil disseram que a pandemia motivou a decisão. Os dados fazem parte da primeira edição da pesquisa “Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas”, lançada pelo instituto na semana passada. A pesquisa detectou, também, que um terço das empresas brasileiras demitiu e só 13% tiveram acesso ao auxílio federal para pagar empregados. A pesquisa identificou a existência de cerca de 4 milhões de empresas no País, dos quais 716 mil estavam fechadas definitivamente na primeira quinzena de junho. O instituto, porém, não sabe quantas delas foram motivadas pela pandemia. De fato, o impacto da crise atingiu todos os setores da economia, mas foi pior para o setor de serviços, que é o maior gerador de empregos do país. E foi mais profundo também entre as pequenas empresas.
Entre aquelas que encerraram definitivamente suas atividades, 99,8% (ou 715 mil) estão nessa categoria, que consideram negócios com até 49 empregados. O restante é formado por 1,2 mil empresas consideradas intermediárias (49 a 500 empregados). Nenhuma é de grande porte. O fato é que o Brasil precisará de políticas públicas seguras para que possamos voltar a ter um crescimento gradual, mas constante, a fim de gerarmos empregos e renda para milhões de pessoas que, neste momento, viram o chão sob os seus pés sumir.
EDITORIAL
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