O Brasil voltou a ser criticado por se abster na votação de um relatório do conselho de Direitos Humanos da ONU sobre discriminação contra mulheres e meninas. A resolução, que foi proposta pelo México, tem como objetivo eliminar preconceito e orientar os países. Inclusive agora, durante a pandemia do coronavírus, para evitar possíveis impactos negativa para as mulheres.Uma das maiores críticas que tem sido feitas ao Brasil foi que, durante as negociações, houve uma aproximação com países como Egito, Paquistão e Arábia Saudita, onde as mulheres ainda têm poucos direitos.
Nas discussões da ONU, o Brasil se posicionou contra a inclusão de direitos e saúde sexual e reprodutivas das mulheres. Juntamente com países islâmicos, na semana passada, o País também rejeitou propostas que previam educação sexual em projetos voltados para meninas carentes. Em um dos pontos, o país se juntou à Rússia contra um trecho que reafirma a inclusão de “direitos e saúde sexual e reprodutiva, livre de coerção, discriminação e violência”, no acesso das mulheres aos direitos humanos.
O ministro Ernesto Araújo tem sido acusado de defender pautas anti feministas. Jair Bolsonaro, por sua vez, tem elogiado a atuação do ministro. Essa semana, o presidente disse que ele o ministro pensam da mesma forma e parecem até gêmeos.
*Com informações da repórter Luciana Verdolin