Um dado alarmante: entre janeiro e agosto deste ano, o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) aplicou R$ 3,77 milhões em multas por incêndios que resultaram em danos ambientais, sendo que esse valor é 43% superior aos R$ 2,34 milhões em multas lavradas durante todo o ano passado. As sanções são resultado de 42 autuações registradas até o fim de agosto. Ao longo de todo o ano passado, houve 20 autuações. Em 2018, foram 15. Não só o número de autuações e o valor total das multas aumentaram este ano, mas também a abrangência das cidades onde os responsáveis por incêndios causadores de prejuízos ambientais foram identificados. Só entre janeiro e o fim de agosto deste ano foram aplicadas multas em 28 cidades sul-mato-grossenses. Em 2019, as multas dessa natureza foram lavradas em 13 municípios. No ano anterior, em 2018, foram 11 municípios.
É preciso que as autoridades identifiquem e punam, exemplarmente, todos aqueles indivíduos que estejam por trás dessas queimadas criminosas, que tanto mal fazem ao nosso meio ambiente. É inaceitável que o Brasil continue a ver o seu riquíssimo patrimônio natural ser destruído por pessoas e empresas inescrupulosas, que só visam ao lucro em detrimento de nossos recursos naturais. Precisamos dar uma resposta dura contra os que insistem em burlar as leis, uma vez que é justamente a impunidade que alimenta esse tipo de prática nefasta em nossa sociedade. As futuras gerações agradecerão o empenho dos que, hoje, denunciam esses crimes.
EDITORIAL
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