Fertilidade masculina sofre com diversos fatores que podem ser tratados até que haja gravidez

Com o avanço da medicina e a crescente chamada do homem moderno para uma paternidade mais participativa, também há uma atenção maior à fertilidade masculina. Nesse sentido, quando um casal mantém, pelo período de até um ano, relações sexuais, sem o uso de métodos contraceptivos e, mesmo assim, não consegue gerar um filho, é verificado problema de infertilidade.
O médico Fábio Eugênio, especialista em reprodução humana assistida, percebe que os pais tentantes estão mais participativos no processo de consultas e tratamento para o problema, mas ainda alerta para a necessidade de cuidado com hábitos que podem agravar a dificuldade de reprodução, que partem de cuidados simples quanto aos alimentos ingeridos e se relacionam até com estresse.
De acordo com o médico, para manter e melhorar a qualidade da produção de espermatozóides, os homens precisam estar atentos a uma alimentação balanceada, manter o controle da relação peso-altura, além de praticar atividades físicas regularmente. “Os futuros pais devem evitar hábitos deletérios, como o tabagismo, que causa grande prejuízo ao sêmen. O uso da maconha também altera a fertilidade masculina”, explica. O especialista esclarece que o consumo moderado de álcool não causa alterações significativas no esperma. No entanto, gorduras saturadas e carboidratos refinados são muito maléficos.
Além disso, Eugênio relembra que razões próprias da sociedade atual influem, negativamente, na capacidade de gerar a vida. “A fertilidade do homem do século 21 é menor do que era no século passado. E isso se dá por uma série de fatores, já que hoje em dia estamos expostos a várias substância químicas que vem nos alimentos, até de maneira inadvertida, além do estresse. Tudo isso afeta muito a fertilidade masculina e, a longo prazo, de maneira cumulativa, podem prejudicar a produção de espermatozóides”, explica.

Testando
O espermograma é o exame que avalia a saúde da célula reprodutora masculina e a fertilidade. É a partir desse teste que alterações podem ser verificadas e, por conseguinte, tratadas. No entanto, o especialista alerta que, em grande frequência, essas variações podem não ter causa conhecida. Dessa forma, não há possibilidade de intervenção. Para esses casos, indica o médico, são recomendados métodos de reprodução assistida, como a fertilização in vitro.

Homens e mulheres
Outra questão que vem sendo combatida nesse assunto, segundo Fábio Eugênio, é a atribuição errônea de problemas de infertilidade às mulheres, já que, de acordo com o especialista, homens e mulheres têm as mesmas propensões à infertilidade. O médico ainda frisa que “a responsabilidade de gerar é do casal, ou seja, o homem que almeja a paternidade precisa participar do processo”.
“No consultório, dos casais que me procuram para tratamento de fertilidade, em 40% dos casos eu encontro um fator na mulher, em outros 40%, encontro um motivo masculino, e em 20% ambos têm alterações. Ou seja, é como se estivesse meio a meio”, destaca. Eugênio reitera que, para a maioria das situações, existem meios para reverter os quadros clínicos, com auxílio medicinal, de modo a permear uma gravidez.

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By Samanta Abdala

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