Numa projeção de dificuldades financeiras que atormentarão as Unidades Federadas, no pós PANDEMIA, apenas CINCO estarão em condições de atravessar fase reconhecidamente aziaga, reclamando, em consequência apoio do Governo Federal, ao lado de providências que se contraponham às previsões de quadro delicado, atingindo até mesmo as despesas com pessoal. Desde já, portanto, soluções acauteladoras deverão ser postas em prática, sob pena do retardamento de compromissos antes assumidos tornarem-se submetidos a protelações inevitáveis, que trarão desgastes aos Governadores, muitos dos quais decididos a postular mandatos eletivos, na disputa programada para dois anos subsequentes. Num quadro projetado recentemente pelo suplemento econômico do jornal O Estado de S. Paulo, apenas 5 estados estariam aptos a superar este momento de incertezas, implicando em contenção da folha de pagamentos a servidores, bem assim outros itens de idêntica complexidade. Entende-se, que desde logo, os Chefes de Executivos de quase todas as Unidades da Federação devem diligenciar um ajustamento compulsório, com vistas a transpor período tormentoso, onde cada gestor deve buscar iniciativas que reduzam os encargos da máquina fazendária, a nível de política salarial, gerando insatisfação inevitável de parte do funcionalismo público, embora não se possa culpar os administradores por tais ações de austeridade, uma vez que o excesso de despesas nos cofres públicos decorreu da necessidade imperiosa de salvar vidas, acossados pelo coronavirus, com brusca queda na arrecadação de RECEITAS, apesar da intensidade de esforços no sentido de manter o controle das despesas do Erário, com uma rigorosa política financeira, sem o que, não sobrelevará o almejado equilíbrio orçamentário, que se tornará inadiável e severo daqui para frente. É certo que, por exemplo, Camilo Santana e sua equipe, com apoio da bancada federal, tudo fizeram para amenizar tais empecilhos, mesmo assim, não o suficiente para suplantar os desarranjos que já se vislumbram, exigindo engenho e arte para a tomada de decisões, que ponha termo a uma realidade angustiante. Antevê-se um período de sacrifícios e intempéries, mas a compreensão coletiva deve preponderar, para uma colaboração que permita a recuperação de um quadro desolador, que há reclamado cautela e espírito público para a respectiva superação.
MAURO BENEVIDES
JORNALISTA E
SENADOR-CONSTITUINTE
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