Escolas privadas propõem retomada das aulas a partir de 27 de julho em Fortaleza


Governador Camilo Santana já havia anunciado que as aulas presenciais estão fora da próxima fase do plano de retomada, a etapa 4. O governo ainda não informou se recebeu a nova proposta do setor Escolas particulares propõem o retorno de forma híbrida.
José Leomar/SVM
O Sindicato de Educação da Livre Iniciativa do Ceará (Sinepe) apresentou ao Governo do Ceará, nessa quarta-feira (15), uma proposta para o retorno das aulas presenciais a partir do dia 27 de julho. A retomada está prevista para acontecer em três etapas, com uma semana de intervalo entre elas. O plano foi enviado para apreciação do estado e deve ser discutido na próxima reunião do setor de saúde, prevista para esta sexta-feira (17).
O governador Camilo Santana já havia anunciado que as aulas presenciais estão fora da próxima fase do plano de retomada, a etapa 4. O governo ainda não informou se recebeu a nova proposta do setor.
De acordo com Andréa Nogueira, atual presidente do Sinepe, a nova proposta de data para o retorno presencial é uma alternativa para comportar à nova realidades dos responsáveis.
“Pelo boletim epidemiológico, é certeza de Fortaleza avance para fase 4. Nós temos depoimentos de pais que são de setores que já voltaram ao trabalho e não estão conseguindo deixar os filhos em outro local”, indica Andréa. Além disso, o lado financeiro também pesou para a medida.
“Pode minimizar os cancelamentos e rescisão de contrato. A escola privada está preparada para retomada. Desde 15 de maio estamos trabalhando os protocolos sanitários para retorno seguro”, aponta a presidente.
A retirada do retorno das atividades presenciais impactou a rede privada de ensino, que já articulava retorno na próxima semana. “Nosso setor se reuniu com o Governo com a nova data e pretendemos adiar em uma semana. Estamos bastante confiantes”, diz Andréa.
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Etapas
A pretensão do ensino particular da Capital é retornar gradativamente, em três etapas. A primeira, que iniciaria no dia 27, conta com o retorno da educação infantil, dos alunos do 1° e 2° ano do ensino fundamental I e do 9° ano do ensino fundamental II. Nesta fase, devem voltar ainda os alunos do 3° ano do ensino médio e as atividades extracurriculares, como música e robótica.
Uma semana depois deste primeiro momento retornam as outras séries do ensino fundamental I e ensino fundamental II, além das aulas preparatórias para concursos e as atividades profissionalizantes. Por fim, a fase 3 proposta pelo Sinepe comporta a volta das turmas de 1° e 2° ano do Ensino Médio e o Ensino de Jovens e Adultos (EJA).
“Nós estamos nos preparando para esse retorno desde maio. As escolas já tomaram todas as providências. No caso da educação básica, vamos trabalhar com rodízio de recreio e fazer rotação também de entrada e saída dos alunos”, completa Andréa.
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Ensino híbrido
As instituições representadas pelo Sinepe já articulavam um retorno aos estudos a partir do dia 3 de agosto, em modalidade híbrida de ensino. Dessa maneira, os responsáveis poderiam escolher entre duas opções: que o estudante permaneça em aulas remotas ou que se adeque ao ensino presencial oferecido pela escola. Segundo o Sindicato, todas as medidas sanitárias devem ser seguidas.
Entre os protocolos de adequação está o rodízio presencial de alunos, onde os estudantes frequentaram a sala de aula somente em dias predeterminados pela administração. “As propostas têm duas bases: o cuidado com a higienização pessoal e dos espaços; e o distanciamento físico”, pontua Andréa Nogueira. “As escolas da rede privada estão preparadas para a retomada das aulas presenciais no dia 20, mas estão enviando questionários para saber a opinião dos pais”, revela.
O Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), comissão formada por secretários de educação estaduais discute o retorno presencial pedagógico desde o mês passado. O Ceará é um dos 13 estados a integrarem a comissão. O grupo elaborou uma cartilha com orientações, onde três fatores são considerados adequados para as aulas: infraestrutura e recursos, continuidade da aprendizagem e capacidade de análise da crise sanitária.
“A escola que crianças e adolescentes vão encontrar, infelizmente, não será muito diferente da que se tem hoje, pois mudanças em educação demandam tempo e investimentos em recursos humanos, materiais e infraestrutura”, opina Rui Aguiar, coordenador do escritório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) no Ceará.
A entidade foi uma das consultadas para a elaboração da cartilha. Ele explica que o documento é uma diretriz e que a adoção das orientações depende da legislação e política educacional de cada região.
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By Samanta Abdala

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