As drogas: suas consequências e poder destruidor

Éde estarrecer as consequências das drogas e o poder de destruição do usuário, com reflexos na família, que também é afetada, provocando desequilíbrio, como corolário aos comportamentos descontrolados e ao isolamento da família e da sociedade.
O uso das drogas teve seu início em tempos remotos; serviam como remédio e sua utilização podia ser benéfica ou prejudicial, dependendo da dose, como a ela se referia Platão, um dos pais da Filosofia Ocidental Antiga.
À medida que exacerbou-se o uso da droga como vício, começaram a surgir as proibições por circunstâncias de saúde pública. Primeiro, nos Estados Unidos, em 1948. Depois, houve a adesão de 100 países, incluído o Brasil, após uma convenção da ONU. Destaque-se que em relatório publicado pela entidade, em 2005, existiam cerca de 340 milhões de usuários de drogas no mundo. Imagine hoje, quando o mal alastrou-se pelos pequenos municípios do Brasil.
Em pleno Sertão do Ceará, nas pequenas cidades, há relatos da existência de gangues se matando pelo domínio do comércio de drogas; jovens estudantes, que nunca imaginaríamos serem capazes de segurar uma arma, tornaram-se matadores “profissionais”, a serviço do tráfico, com seus atos de horror gravados e expostos nas redes sociais.
Segundo comentários, em muitas localidades, tais delitos são praticados com o conhecimento das autoridades de segurança, que ficam à mercê dos chefes do crime organizado.
Como se vê dos informes objeto desses escritos, a problemática é mais séria e complexa que se imagina; atualmente o crime organizado tem tanta potência e articulação que chega a ponto de rivalizar com o próprio Estado, com ele medindo forças.
Diante desse grave contexto, espera-se a adoção da consciência de que o Estado, enquanto instituição, tem que ser mais firme e estratégico em suas ações.
Com efeito, as ações dos órgãos oficiais devem partir de uma compreensão coordenada e coletiva do problema, proporcionando soluções que viabilizem não apenas o embate direto contra as facções criminosas em atuação em nosso país, mas que possibilitem às pessoas de escaparem do poderio do crime organizado. De modo que se torna necessário e urgente a convocação da sociedade como um todo, com destaque para os professores, de forma a viabilizar um projeto capaz de minimizar o perigo das drogas, que tanto mal tem causado.
Entendo, modestamente, que se não ocuparmos os espaços dos jovens com o estudo, leitura, esportes, lazer, etc, os apologistas das drogas e o crime organizado ocuparão, como vem ocorrendo.
Vejam o exemplo do Rio de Janeiro, onde o crime organizado tem destacado comando. Se não agirmos urgentemente e com competência, seremos vencidos.

JOSÉ G. MONTEIRO
ADVOGADO

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By Acontece Ceará

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