Há pelo menos três meses, o empresário Jonas Nogueira não via o faturamento da loja dele sair do zero: “Ficamos 100 dias mais ou menos fechados. Faturamento zero. A galeria ficou mais de mês fechada. Tentamos fazer delivery, mas o pessoal estava meio inseguro e tal”. A situação, no entanto, tende a melhorar. De acordo com estudo da Associação Comercial de São Paulo, as vendas na primeira quinzena de julho aumentaram quase 20% em relação ao mês passado. Mas o movimento ainda é menor do que antes da pandemia. “Muitas pessoas têm um pouco de medo por causa do vírus, mas, aos poucos, está caminhando. Mas nem se compara a antes, é algo como 30% do fluxo que tinha antes da pandemia”, analisou Jonas.
No entanto, em comparação a julho do ano passado, as vendas neste ano foram bem menores e representam uma queda de quase 60%. Os pagamentos à vista caíram ainda mais, em cerca de 76%. Segundo o economista da Associação Comercial de São Paulo, Marcel Solimeo, além da pandemia do coronavírus, esse cenário se deve à perda do poder de compra dos consumidores. ” Em parte isso se deve a que há uma certa cautela dos consumidores e em parte reflete a perda de renda que praticamente toda população teve. Os informais, carteira assinada, os liberais, empresários.”
Atualmente, a capital paulista se encontra na fase amarela do Plano São Paulo. Assim, estão autorizados a abrir, com restrições, o comércio de rua, shoppings, bares e restaurantes, salões de beleza, academias e algumas atividades culturais.
*Com informações do repórter Leonardo Martins