Uma escola de jornalismo

Muitos Jovens que hoje são destaques na imprensa cearense e nacional iniciaram suas carreiras no jornal O Estado. Com a experiência vivida, tendo a liberdade de pautar suas matérias, explorar suas criações e passar por várias editorias construíram um alicerce para tornarem-se grandes profissionais. Fizeram parte também de nossos quadros no passado, colaboradores que foram personalidades influentes como quatro governadores do Ceará, Plácido Castelo, Raul Barbosa, Parsival Barroso e Cid Gomes.

No livro de Luís-Sérgio Santos “Intimorata”, inúmeros jornalistas dão depoimentos relatando as suas experiências e vivências no jornal, entre eles está José Augusto Lopes, que expressa a felicidade de ter trabalhado no veículo “O Estado foi uma época muito feliz da minha carreira. Foi, para mim, um prazer trabalhar com Venelouis, pela liberdade de expressão integral que ele dava aos profissionais que trabalharam junto a ele”. Outra pessoa na obra que ressalta o aprendizado dentro do jornal é a jornalista e colunista Sonia Pinheiro que começou a sua carreira na publicação. “Digo sempre que aprendi tudo da profissão com essa figura adorável, que é Venelouis e seu jornal”.
O veículo possibilita uma liberdade que nenhum outro jornal oferece, foi e continua sendo uma grande escola para muitos profissionais recém saídos da faculdade.

Para o jornalista Rodolfo Oliveira, O Estado cumpre uma função de abrir as portas para muitos profissionais em inicio de carreira.

“Acho que o jornal O Estado vem cumprido ao longo de tantas décadas de existência, essa função jornalística de ser a primeira experiência de muitos, e acho que isso é bem interessante, uma marca significativa”.
Para o jornalista e escritor Frota Neto, o jornal O Estado tem uma representação de grande importância na história da mídia impressa do Estado, onde de acordo com o próprio, o veículo tem que estar inscrito na história da imprensa e da política cearense.

“Vou levar para o resto de minha vida, a rica experiência que tive no jornal O Estado. Iniciei na profissão de repórter fotográfico em 2005 e permaneci até 2019 na sua equipe.

Foram anos de aprendizado, que alimentaram e fomentaram não só meu lado profissional, como também minha forma de viver e ver o mundo. O carinho e o afeto que guardo no coração se refletem no desejo que esse tradicional veículo continue a manter a sua perenidade por muitos anos, mesmo diante de todas as mudanças que a tecnologia tem imposto aos meios de comunicação. O Estado chegando aos 84 anos, nos mostra, que cada vez mais, temos que ser fortes, verdadeiros e independentes, agora mais do que nunca”, afirmou Iratuã Freitas.

De acordo com a jornalista Lívia Barreira, que hoje mora em Shefdield, Inglaterra e que começou em 2016 no jornal O Estado como estagiária, na editoria de economia, o veículo possibilitou novas amizades. “Eu era uma jovem cheia de sonhos e que queria crescer na profissão. Foi ali que fiz ótimos colegas de trabalho, que viraram amigos de vida, como Iratuã Freitas. Outra pessoa muito especial para mim foi o Sérgio de Sousa, que virou meu editor depois da Kelly e um amigo, fiquei no jornal um ano e meio. Sou muita grata pela oportunidade até hoje”.

O jornalista Málaga relata como através do seu estagio no jornal, ele expandiu os seus horizontes e pode enxergar diversas coisas sobre o mundo, além de servir como uma grande faculdade, muita mais que o próprio curso de jornalismo, que de acordo com o próprio, é muita mais a teoria. “O Estado pra mim foi a faculdade, eu costumo dizer para os tantos estagiários que passaram na minha mão, que o curso que fizemos é a teoria, é na pratica mesmo, durante o trabalho ou estagio, que você de fato aprende o que é jornalismo”. Málaga também agradece as oportunidades que o veículo o forneceu, e que talvez um dia volte para fechar o ciclo “Eu só tenho a agradecer a O Estado por todas as oportunidades que me deu, e espero um dia retornar para fechar esse ciclo que ficou ainda em aberto”.

A minha história de 45 anos de jornalismo, em redação, (45 anos?!!! Não acredite se alguém te disser que o tempo passa. O tempo não passa, tempo voa! Eu vivi, começa e termina no jornal O Estado. Cheguei à redação na Santos Dumont, não lembro o número, jovem, ainda no segundo ano da Faculdade de Comunicação, muito bem encaminhado ao saudoso Doutor Venelouis Xavier, pela querida e amiga professora Adisia Sá.

Vené não era de muita conversa. Mandou eu trazer a Carteira de Trabalho no dia seguinte. Assim, lá estava eu devidamente registrado como repórter de O Estado, em 2 de setembro de 1974. Fiquei até o final do Curso de Comunicação, em 1976, quando parti para novas paragens.

Em 2010, retornei ao início. Desta feita a convite do meu amigo/irmão Ricardo Palhano, para ser Editor Geral do O Estado, agora na Barão de Aracati, 1320. Foram mais dez anos de muito trabalho e aprendizado, em uma redação de jovens jornalistas, sob a liderança maternal da também muito saudosa Doutora Vanda Palhano, e comando de Ricardo e Solange Palhano. Dias melhores, de muitas conquistas e alguns revezes da profissão. Faz parte. 

Em 2019, já sentindo o peso da longa caminhada por inesquecíveis redações, a aposentadoria me elegeu. Atendi um pouco triste, mas certo do dever cumprido com a minha casa e escola profissional onde permaneci mais tempo, uns doze anos ao todo, e os muitos amigos que lá deixei. Não posso nominar ninguém, pois recuso-me ao risco de deixar um só deles de fora. Foram tantos e todos muito importantes na minha vida. A todos, na festa dos 84 anos de fundação do nosso Estado, minha sincera e eterna gratidão. Carlos Alberto Alencar.

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By Acontece Ceará

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