José Domingos Alves, supervisor-geral da Lojas CEM, afirmou que a empresa passou pelo momento mais complicado de sua história durante a crise do coronavírus, mas, ainda assim, mantém a confiança de que a retomada acontecerá e que a companhia sairá mais forte. “Sem dúvida nenhuma é o maior desafio que já tivemos em toda nossa história, estamos no mercado há 68 anos e, de repente, nos vimos em uma situação de não saber para onde ir. Fomos obrigados a fechar todas as lojas. O varejo é feito de pessoas. 94% das vendas feitas no varejo brasileiro são em lojas físicas. O primeiro trimestre foi razoável o mercado vinha retomando o crescimento, tivemos janeiro, fevereiro, positivos. Março prometia, mas encerramos as atividades em 23 de março e as dificuldades foram aumentando.”
Ao traçar um panorama para a segunda metade de 2020, José Domingos foi cauteloso: “Foi um semestre de aprendizado e com muita dificuldade, não só para o varejo, para a indústria também. Agora, no segundo semestre, lojas estão retomando atividades, teremos pequena recuperação. Ano que vem será de recuperação e as coisas estarão organizadas e saberemos conviver com a pandemia.”
O supervisor-geral destacou as medidas tomadas pelas Lojas CEM na retomada. “Nossas lojas facilitam para receber os clientes com segurança, são lojas de 1400 metros quadrados, climatizadas, com ar renovado a cada 30 segundos, com todos os cuidados, álcool gel, higienização, percebemos que o consumidor entendeu sua parte e não é normal, claro, mas as coisas estão fluindo e estamos atendendo à demanda. Fomos surpreendidos pela gratidão dos clientes de não cobrarmos as parcelas, sem juros ou correção. Recebemos muitos elogios.”
Todos os investimentos previstos para 2020, no entanto, foram mantidos. “Tivemos um planejamento no início do ano e mantivemos. Estamos construindo lojas, vamos inaugurar mais algumas, 5 ou 6 sendo construídas, acreditamos no ano que vem, que será de plena recuperação. Sabemos que quanto mais preparados nos momentos difíceis, quando terminar tudo isso, ganharemos mais mercado ainda. Não mandamos ninguém embora, mais de 11 mil funcionários com pagamento em dia. Mantivemos toda nossa estrutura. Acreditamos que vai passar logo”, explicou.