Desfazendo suspeições de que estaria abandonando a política, ou mesmo se limitando a funções secundárias nessa atividade mantendo-se apenas discretamente à frente do MDB do Ceará, o ex-senador Eunício Oliveira abandona o “exílio” a que vinha se submetendo e, surpreendentemente, não só revela o seu retorno, como vai mais adiante, ao anunciar a sua disposição de disputar, em 2022, o Governo do Estado, ou a vaga para o Senado Federal. Em seu ressurgimento, Eunício fala do seu empenho com o objetivo de levar o MDB a recuperar a sua força nos municípios onde lideranças de peso permanecem ao seu lado. O mesmo ocorre em relação a Fortaleza, onde a sigla, que teve grandes gestões como a de Juraci Magalhães, não perdeu as suas condições de reassumir o protagonismo político. Evitando ao máximo referir-se ao resultado do pleito senatorial de 2018, quando, no auge do prestígio, perdeu a vaga da Câmara Alta, Eunício limita-se a afirmar não alimentar rancor, mas apenas mágoas dos que o atraíram para uma “arapuca”, incluindo o candidato a presidente, Ciro Gomes, e não ao governador Camilo, que se empenhou para acomodar tendências. Eunício diz contar ainda com fortes e experientes lideranças com que poderá resgatar o seu prestígio e do MDB.
Equilíbrio mantido. Na condição de economista e de profundo observador da crise econômica, o deputado Mauro Filho (PDT) está prevendo que 20 estados não terão como pagar os servidores a partir de agosto, que alguns estão pagando março e abril. No Ceará, o governador Camilo Santana e o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, não vivem essa ameaça e mantêm o equilíbrio da situação dos servidores públicos, aos quais está assegurando, para o dia 14, o pagamento da primeira parcela do 13º salário.
Marco salvador. Devido à pandemia do coronavírus, o presidente Bolsonaro teve de sancionar, ontem, mesmo que virtualmente, o polêmico Marco Legal do Saneamento Básico, cujo relator e responsável pela aprovação da matéria foi o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), cujo empenho foi decisivo.
Importância. Segundo o senador Tasso Jereissati, que deu tudo de si como relator, o marco aprovado é momento histórico, tendo em vista que um dos pontos mais importantes do projeto é a participação da iniciativa privada, sem a qual não se poderia transformar em realidade projeto dessa envergadura.
Cautela máxima. Ao anunciar a quarta fase da retomada das atividades, a partir de segunda-feira (20), o governador Camilo Santana, mesmo sob pressão de setores como escolas, cinemas, casas de show, bares e academias, diz que esses setores ainda terão de aguardar a queda do avanço da covid-19 na Capital.
Aliado de peso. Para o deputado estadual Salmito Filho, o governador Camilo Santana, além da sua incansável luta para proteger os micro e pequenos empresários dispõe de um aliado com o peso do Banco do Nordeste (BNB), a instituição bancária brasileira com maior experiência em se tratando de microcrédito.
Jogando no fogo. Prossegue a política suicida do PT nacional, intervindo na sucessão de cidades importantes. É o caso de Juazeiro do Norte, onde a cúpula petista força a barra lançando Gabriel Santana para enfrentar o prefeito José Arnon, num pleito em que esse tem a reeleição assegurada.
Fundeb já. Na Alece, o deputado Acrísio Sena (PT) adverte colegas e a bancada federal do Ceará para que ajam em bloco, para impedir que o “Centrão” consiga empurrar para 2021 a votação do novo Fundeb. Se isso ocorrer, há o risco da extinção desse fundo, como querem Bolsonaro e Paulo Guedes.
Vamos cobrar. Com a licença do deputado Júlio César (Cidadania) para comandar a sua pré-campanha à Prefeitura de Maracanaú, assume o suplente Tadeu Oliveira (PSB), empresário forte e que já se compromete a defender a sustentabilidade dos pequenos negócios, ameaçados pela covid-19.
“Toda mulher tem que prestar obediência ao seu marido, e toda criança tem que apanhar muito para ser educada”. Milton Ribeiro, “presente” de Bolsonaro para Ministro da Educação.
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