Regiões de Tauá, Aracati e Iguatu seguem apresentando incremento de casos de Covid-19, aponta boletim da Sesa

Na Área Descentralizada de Saúde de Crateús o índice de mortes subiu mais de 100% em duas semanas. No Ceará, três Áreas Descentralizadas de Saúde (ADS), correspondentes às regiões de Tauá, Aracati e Iguatu, continuam apresentando aumento no número de casos de Covid-19, de acordo com o boletim da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), divulgado nesta sexta-feira (18). De 9 de agosto ao último dia 5 de setembro, elas apresentaram incrementos de 56,1%, 49,3% e 6,2%, respectivamente, no número de casos da doença.
Essas regiões estavam entre as seis ADS com incremento de casos da doença citadas no boletim da Sesa divulgado no último dia 10 de setembro. Neste último balanço, os aumentos foram:
Tauá – passando de 230 para 359 casos (+56,1%)
Aracati – passando de 146 para 218 casos (+49,3%)
Iguatu – passando de 1.234 casos para 1.310 (+6,2%)
As outras 19 Áreas Descentralizadas de Saúde passaram por redução nos índices de casos no mesmo período, sendo a maior delas observada em Maracanaú, com -64,5% dos casos, passando de 575 para 204 confirmações da doença. Em números absolutos, o maior declínio aconteceu na região de Juazeiro do Norte, passando de 1.513 confirmações para 739, uma redução de -51,2%.
Com relação às mortes, a ADS de Crateús teve um aumento de 114,3%, passando de 7 para 15 mortes no período entre as Semanas Epidemiológicas (SE) 33 e 34, e 35 e 36, correspondendo ao mesmo intervalo de 9 de agosto a 5 de setembro. Também apresentaram incremento nas mortes:
Tauá – passando de 2 a 3 mortes (50,0%)
Cascavel – passando de 7 a 9 mortes (28,6%)
Icó – passando de 12 a 14 mortes (16,7%)
Iguatu – passando de 15 a 17 mortes (13,3%)
As ADSs correspondem ao município polo e regiões vizinhas, e é uma divisão criada pelo Governo do Estado do Ceará para descentralizar o foco da capital.
Menor média de mortes
Em todo o estado, a média de óbitos por dia chegou ao menor índice nesse mês de setembro (15,3), se comparado aos meses de maio (124,3), junho (66,7), julho (39,4) e agosto (21,4).
Segundo dados do boletim epidemiológico, a capital registrou queda de casos e óbitos entres as SEs 33 e 36 (-21,2% e – 37,1%). No interior, apesar de diferentes cenários entre as regiões, também houve redução de casos e óbitos suspeitos e confirmados para Covid-19 (-23,8%; -28,7%).
Os registros contrariam dados divulgados pelo consórcio de veículos de imprensa que coloca o Ceará como único estado com aumento da média móvel de mortes. O Ministério Público do Estado do Ceará pediu que a Sesa explique a divergência de números, com prazo até a próxima segunda-feira (21).
“Verifica-se uma redução na média de óbitos acentuada a partir da última semana de maio, com uma redução de 63,7% entre 22/05 e 30/06/2020. No mês de julho (de 1º a 31/07) observa-se uma redução de 41,8% na média móvel de 7 dias, e em agosto, entre os dias 1º e 31, essa redução foi de 47,6%”, mostra o boletim da Sesa.
Em setembro, a secretaria afirma que, “apesar de existir redução diária em relação a 14 dias atrás, observa-se uma estabilização na média de óbitos dos 7 dias”.
Incidência de casos
Na Região de Saúde Fortaleza, o município com maior incidência acumulada, até 12 de setembro, foi Acarape (10.650,0 casos por 100 mil habitantes), seguido de Redenção e São Gonçalo do Amarante com taxas de 5.113,5 e 4.802,5 respectivamente.
Na região Norte do Ceará, Frecheirinha teve a maior incidência acumulada (10.771,9 casos por 100 mil habitantes), seguida por Groaíras e Chaval, com taxas de 6.482,5 e 6.101,0 respectivamente.
No Cariri, o município com maior incidência foi Quixelô (5.972,2 casos por 100 mil habitantes). Logo depois vem Farias Brito, com 5.497,3 casos por 100 mil habitantes, e Juazeiro do Norte com taxa de 5.447,4 casos por 100 mil habitantes.
Já na região do Litoral Leste/Jaguaribe, o município que registrou maior incidência acumulada foi Jaguaretama (4.187,4 casos por 100 mil habitantes) seguido de Jaguaribe e Russas com taxas de 3.812,4 e 3.708,2 respectivamente.
E no Sertão Central, Itatira teve a maior incidência acumulada, com 4.123,0 casos por 100 mil habitantes. Além de Quixadá e Ibicuitinga, com taxas de 4.112,9 e 3.720,1 cada uma.

By Acontece Ceará

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