Depois de ter participado de audiência pública no Senado Federal na terça-feira (14), onde foi discutida a preservação da Amazônia, o vice-presidente Hamilton Mourão reúne nesta quarta-feira (15) o chamado Conselho da Amazônia. Mourão já avisou que o governo pretende enviar um projeto que garanta a destinação extra de recursos para ações de preservação da região, uma vez que todos os recursos disponíveis foram direcionados para ações da saúde e socorro financeiro.
Mesmo assim, o vice-presidente ressaltou que é necessário buscar formas para aumentar a fiscalização na região. “Nós não temos nenhuma dúvida que se nós não fizermos a recuperação operacional da capacidade operacional da Funai, do Ibama, do Inca, nós vamos ficar em um emprego prematuro e constante das Forças Armadas, que devem ser preservadas para outras atividades.”
Ex-ministros da Fazenda e do Banco Central fizeram um apelo para retomada da economia com responsabilidade social e ambiental. A preocupação é que o descontrole do governo na questão ambiental prejudique o setor produtivo. Mourão garantiu que está atento para o problema e ressaltou que “floresta é vida”, destacando que o governo sabe da importância de preservar o meio ambiente.
O vice-presidente disse que está confiante que será possível manter as doações para o chamado Fundo da Amazônia e lembrou que qualquer motivo será utilizado para a não ratificação de acordos comerciais. “Nós temos que fazer o nosso dever de casa e combater as ilegalidades que ocorrem na região Amazônica não dando margem para que nós sejamos acusados de não estarmos protegendo a área da Amazônia, em particular não tendo uma política ambiental afinada com os acordos que assinamos.”
Ainda durante a audiência pública no Senado, o vice-presidente se esquivou de perguntas sobre uma possível saída de Ricardo Salles do ministério do Meio Ambiente. Segundo Mourão, nomear ou demitir ministros é uma atribuição do presidente Jair Bolsonaro.
*Com informações da repórter Luciana Verdolin