Operação do MPCE cumpre mandados na Grande Fortaleza para apurar denúncias do caso #exposed


Os mandados de busca e apreensão aconteceu contra quatro alvos em Fortaleza e no município de Pacajus. Vítimas denunciam que tiveram imagens divulgadas sem a permissão
Reprodução/Instagram
O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) cumpriu, na manhã desta segunda-feira (20), mandados de busca e apreensão contra quatro alvos, em Fortaleza, e na cidade de Pacajus, Região Metropolitana. A Operação Indiscretos tem o objetivo de apurar denúncias de crimes sexuais divulgados pelo movimento #exposed. Caso foi divulgado pelas redes sociais no fim de junho deste ano. As vítimas e colegas das garotas publicaram as denúncias pelo Twitter usando a hashtag #exposedfortal, que ficou entre os assuntos mais comentados da rede social no país.
Os mandados foram expedidos pelo juízo da 11ª Vara Criminal de Fortaleza. A investigação do MPCE ficou a cargo do Núcleo de Investigação Criminal e contou com a colaboração do Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência. Foram realizadas várias análises das publicações com a hashtag #exposedfortal, culminando com a individualização de alguns membros de grupos de redes sociais.
Crimes sexuais nas redes sociais
O MPCE montou uma força-tarefa para investigar os casos de crimes sexuais denunciados por vítimas de todo o estado nas redes sociais. Segundo o MPCE, o órgão tem feito um trabalho de acolhimento e apoio psicossocial às pessoas que sofreram os abusos. O caso conhecido como “exposed”, por conta da exposição de fotos e vídeos íntimos sem consentimento na internet, avançou na investigação de outros crimes sexuais, como assédios supostamente cometidos por professores de escolas e faculdades públicas e privadas contra alunas e alunos.
Além das promotorias de Justiça de várias comarcas, especialmente de Fortaleza, Juazeiro do Norte, Iguatu e Sobral, o Ministério Público atuam neste caso por meio do Núcleo de Investigação Criminal (NUINC), do Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência (NUAVV) e do Centro de Apoio Operacional da Infância, Juventude e Educação (CAOPIJE).
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Denúncias
Segundo o MPCE, apesar do esforço, os promotores de Justiça têm encontrado dificuldade nas investigações porque as vítimas ainda se mostram resistentes a registrar as denúncias. Para isso, o MPCE criou o e-mail [email protected] para que elas façam o primeiro contato com a instituição.
Também participaram da operação o Núcleo de Investigação Criminal (NUINC) e do Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência (NUAVV), com apoio da Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública (CGD) e Coordenadoria de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado (COIN).

By Samanta Abdala

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