O governo dos Estados Unidos concordou nesta terça-feira (14) em cancelar a suspensão de vistos para estudantes estrangeiros matriculados em universidades americanas que oferecem todos os seus estudos online, após uma ação judicial de 17 estados, do distrito de Columbia e de várias instituições de ensino superior.
Em uma audiência em Boston, no estado de Massachusetts, onde a ação judicial apresentada pela Universidade de Harvard e pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) seria discutida, a juíza federal Allison Burroughs emitiu parecer favorável ao acordo entre o governo federal e instituições acadêmicas.
A audiência tinha sido marcada para durar 90 minutos, na expectativa de uma defesa acalorada das posições de ambos os lados, mas em menos de dois minutos o governo e as universidades concordaram em retirar a regra. A resolução do caso significa que a Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) voltará às diretrizes de março, que permitem aos estudantes estrangeiros permanecerem no país mesmo que sua universidade opte por ministrar as disciplinas exclusivamente on-line durante a pandemia da Covid-19.
A resolução da disputa também substitui as ações judiciais interpostas pelo Estado de Nova York, universidades do Oeste do país, a Universidade John Hopkins, de Baltimore, e a coalizão de estados liderada pela Procuradora-Geral de Massachusetts, Maura Healey. Também ficou sem causa a moção apresentada mais cedo pelo Procurador Geral da Califórnia, Xavier Becerra, pedindo a intervenção do tribunal para bloquear a aplicação da suspensão do visto até que haja uma decisão judicial.
A Califórnia, o estado com o maior sistema educacional do país, com 180 mil estudantes internacionais a cada ano, de acordo com a Procuradoria Geral da República, seria um dos mais afetados pela iniciativa do governo de Donald Trump. Muitas universidades planejam oferecer uma combinação de aulas on-line e presenciais para proteger a saúde dos professores, estudantes e comunidades vizinhas durante a pandemia, de acordo com o jornal “The New York Times”.
*Com informações da EFE