Depois de mais de dois meses de espera, Ceará e Fortaleza entram em campo pela primeira partida da final do Campeonato Cearense. Ambas as equipes vão para o jogo desta quarta-feira (30), às 21 horas e 30 minutos, com poucos desfalques. Em contrapartida, o número de atletas pendurados, que podem ficar de fora do jogo de volta, é expressivo para um dos lados.
Os técnicos terão, praticamente, força máxima à disposição para a final. O Vovô tem, apenas, duas baixas: o atacante Rodrigão, que ainda se recupera de uma cirurgia, e o volante William Oliveira, que segue fazendo fisioterapia após sofrer grave lesão no joelho. No Leão, o zagueiro Juan Quintero, não vai para o confronto em decorrência da lesão na coxa direita que sofreu ainda no primeiro tempo do jogo contra o Internacional, pelo Brasileirão.
Uma preocupação para o técnico Guto Ferreira são os atletas pendurados. O Alvinegro de Porangabuçu tem cinco jogadores com dois cartões amarelos: Vinícius (Vina); Charles; Ricardinho; Fabinho e Alyson. Destes, apenas Vina e Charles são titulares; Ricardinho costuma entrar no segundo tempo em diversas partidas; Fabinho está em fase final de transição física depois de sofrer uma lesão, treina com o grupo mas ainda é dúvida; Alyson é reserva de Bruno Pacheco.
Além disso, Cléber e Vitor Jacaré não podem mais atuar no Estadual, pois já jogaram por outras equipes no campeonato. Enquanto isso, Ceni não tem com o que se preocupar, afinal, o Tricolor não tem um jogador sequer que possa ser suspenso pelo terceiro cartão amarelo. O único atleta que recebeu dois cartões na competição foi o atacante Madson, que deixou o clube há algum tempo.
O confronto
Clássico-Rei é sempre uma competição à parte. O momento dos clubes nas competições são importantes para a avaliação mas, dificilmente, determinantes. O Ceará, por exemplo, vem de duas vitórias na Copa do Brasil, e um empate e uma derrota no Brasileiro. E apesar da oscilação, o time do técnico “Gordiola” vem fazendo grandes jogos, além de ter vantagem nos clássicos do ano.
Samuel Xavier, um dos jogadores mais experientes do elenco, já enfrentou o Leão diversas vezes e fala sobre o tom do confronto. “Mesmo se fosse um amistoso ia estar valendo muito pra gente. A gente que já tem um tempo de casa sabe como é a atmosfera, como é um clássico e tudo que muda. A gente chega confiante, querendo esse título, que era uma das metas que tínhamos colocado, e cabe a gente entrar ligado para conseguir”.
Retrospecto
Em 2020, o Clássico-Rei ocorreu em quatro oportunidades, por três competições distintas. Na primeira, pela Copa do Nordeste, o confronto saiu empatado em um a um, com gols do zagueiro Klaus e do atacante Osvaldo. Na ocasião o técnico alvinegro era Argel Fucks. No segundo jogo, pelo Cearense, mas já após a paralisação, o Leão ganhou de dois a um, em uma partida excelente do jovem Yuri César.
Depois que Guto Ferreira assumiu o comando do Vovô, a dinâmica dos clássicos mudou bastante. Na semifinal da Copa do Nordeste, o Alvinegro neutralizou completamente a estratégia ofensiva de Ceni. Klaus foi o autor do único gol do confronto, que garantiu vaga na final do Nordestão. Posteriormente, outro duelo entre as equipes ocorreria no Brasileiro, com o placar e desenvolvimento do jogo similar ao anterior. Dessa vez, Vina foi o autor do gol.
Para essa temporada, mais dois confrontos estão planejados além da partida de hoje. O segundo jogo da decisão do Cearense, que acontece no dia 21 de outubro, e uma partida válida pelo segundo turno do Campeonato Brasileiro. Além do mais, o Clássico-Rei pode voltar a se repetir caso os clubes tenham que se enfrentar na Copa do Brasil.
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