Cinco condenados vão cumprir penas que variam de 37 a 60 anos. Crime ocorreu em abril de 2021, no Bairro Varjota, na capital.
Os cinco réus acusados pela morte de um instrutor de surf e o avô dele foram condenados pelo duplo homicídio ocorrido em 2021, no Bairro Varjota, em Fortaleza. O julgamento ocorreu na última segunda-feira (13), resultando em penas que somadas ultrapassam 230 anos de prisão.
Veja as penas dos acusados:
Claudiano Severino Arruda (“Sete”) – 57 anos 8 meses e 15 dias de reclusão;
Jefferson Rodrigues de Brito (“Jeremias” ou “Salomão”) – 60 anos, 4 meses e 15 dias;
Lucas Clemente de Sousa (“Louco”) – 47 anos de prisão;
Caio de Lima Góes (“Foca” ou “Layon”) e João Vinícius Barros da Silva – 37 anos de prisão
Segundo o Ministério Público do Ceará (MPCE), as diferenças de penas se devem a aspectos como a existência de condenações anteriores e ao fato de alguns réus serem menores de 21 anos na data dos crimes. O julgamento começou às 9h30 e terminou às 22h30.
Conforme a denúncia do MPCE, os réus tinham o objetivo de matar um rival que morava no imóvel, filho da vítima Francisco Alexandre e tio de Davi Silva. Ao chegarem à casa, os criminosos vitimaram o avô, que estava no primeiro cômodo. Ao procurarem o rival, se depararem com Davi Silva, o instrutor de surf, e atiraram no jovem acreditando ser quem procuravam. O ataque e a fuga foram filmados pelo grupo.
Francisco Alexandre foi atingido por sete tiros, enquanto o neto Davi foi atingido por 18 disparos em várias partes do corpo.
Julgamento
Os jurados da 3ª Vara do Júri reconheceram que Claudiano, Jefferson e Lucas são os três atiradores, que invadiram a casa das vítimas e as executaram com múltiplos disparos.
Caio era o motorista do grupo, que levou os criminosos ao local, aguardou no veículo enquanto os assassinatos eram cometidos e deu fuga aos atiradores. Já João Vinícius, providenciou uma placa falsa para o carro, armas para o grupo e guardou o veículo antes e depois dos homicídios.
Além do duplo homicídio, os cinco homens também foram sentenciados por integrar organização criminosa armada. Jefferson cometeu ainda o crime de uso de documento falso, pois se identificou por outro nome ao ser abordado por policiais civis durante a investigação, tendo apresentado um RG falsificado do estado do Rio Grande do Norte.
Vítimas
As vítimas não faziam parte em disputas de organizações criminosas, conforme o MPCE. Davi Silva Sabino era instrutor de surf, fazia trabalhos sociais e estava no imóvel para ajudar os avós no processo de vacinação contra a Covid-19.
Já Claudiano, Jefferson e Caio são matadores de uma organização criminosa, sendo responsáveis pela execução de atentados contra a vida de rivais, em prol dos interesses do grupo criminoso. João Vinícius ocupa posto de menor hierarquia na organização, sendo responsável por atividades de suporte às ações do grupo.