A força implacável, e jamais prevista, da pandemia impactou a economia mundial, fazendo, simplesmente, todas as economias do Planeta dobrarem seus joelhos diante de um inimigo invisível. E no Ceará não foi diferente. O produto interno bruto (PIB) do Estado, no segundo trimestre de 2020, período em que o novo coronavírus (covid-19) saltou no território cearense , fechou com queda de -14,55% em relação a igual período de 2019, quando o índice ficou em 1,53%. O resultado inverteu as estimativas positivas existentes no final de 2019 e início deste ano para PIB cearense, bem como para o indicador brasileiro, que apresentou decréscimo de -11,4% no mesmo período. Por setores, a queda mais forte, como era de se esperar, com o fechamento de tudo instantaneamente, foi no comércio, com – 24,01%. Já a indústria cearense, também no segundo trimestre deste ano, em relação a igual período de 2019, involuiu -33,05%, enquanto que o setor de serviços cearense caiu -13,68%. No entanto, é importante lembrar que, mesmo em períodos difíceis, a agricultura não parou de produzir, tanto que avançou 18,88%. Em tempo de retração generalizada, esse setor, apesar de não ter o menor peso no PIB, foi um freio importante para não jogar a economia do Estado ainda mais para baixo.
Recuperação
Falando em comportamento setorial, a atividade industrial brasileira continua em recuperação e já se encontra no patamar pré-crise, de acordo com a Sondagem Industrial (22), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) alcançou 71%, 2 pontos percentuais acima do apurado em agosto de 2019 e 4 pontos percentuais a mais na comparação com julho. É o maior percentual para o mês desde de 2014, quando o UCI ficou em 72%. De acordo com a sondagem, todos os índices de expectativa mantiveram-se em crescimento na pesquisa realizada neste mês. “O otimismo do empresário vem sendo impulsionado tanto pela recuperação da economia, como pelo início do período sazonalmente mais favorável à produção industrial”, diz a CNI.
Custo do trânsito
O Brasil perdeu 479.857 vidas no trânsito entre 2007 e 2018. O custo desses acidentes chegou a R$ 1,584 trilhão, segundo o estudo Impactos Socioeconômicos dos acidentes de transporte no Brasil, divulgado, ontem (22), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A análise, feita em parceria com a Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), utiliza dados de mortalidade do Datasus, do Ministério da Saúde – que inclui internações e reembolso de gastos – e aplica o Valor Estatístico da Vida (VEV), estimado em R$ 2,26 milhões a valores de dezembro de 2018.
Última chamada
A Receita Federal abre, às 9 horas de hoje, a consulta ao quinto e último lote de restituição do Imposto de Renda 2020, pelo link idg.receita.fazenda.gov.br. De acordo com o Fisco, o crédito para 3.199.567 contribuintes será realizado em 30 de setembro, totalizando mais de R$ 4,3 bilhões em pagamentos. Desse total, diz a Receita, R$ 226,3 milhões referem-se a contribuintes com prioridade legal (sendo 7.761 contribuintes idosos acima de 80 anos; 44.982 contribuintes entre 60 e 79 anos; 4.685 contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave; e 21.303 contribuintes cuja maior fonte de renda é o magistério). Foram contemplados ainda 3,1 milhões de contribuintes não prioritários que entregaram a declaração até 16 de setembro de 2020.
5G só depois
Durante debate no evento Painel Telebrasil, o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Euler de Morais, informou que a crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus afetará não só o cronograma do leilão da quinta geração de telefonia celular (5G), como os preços mínimos de venda das licenças e as contrapartidas de investimento na expansão da redes no país. Morais destacou, ainda, a necessidade de fazer ajuste na previsão de investimentos pelas operadoras que adquirirem as licenças 5G e a projeção de retorno sobre investimento (Wacc), seja sobre o capital próprio ou de terceiros. O leilão, que já foi adiado duas vezes, seria realizado, inicialmente, em março deste ano, mas foi adiado em razão do atraso no lançamento da consulta pública com o edital.
Inflação
Pesquisa da FGV aponta que os consumidores brasileiros acreditam que a taxa de inflação ficará acumulada em 4,7% nos próximos 12 meses. A taxa da expectativa mediana de inflação dos consumidores brasileiros é 0,4 ponto percentual superior à registrada em agosto, encerrando a tendência de queda iniciada em maio deste ano.
Destaque
O Sicredi, instituição financeira cooperativa com mais de 4,5 milhões de associados e atuação em 22 estados brasileiros e no Distrito Federal, conquistou, por meio de sua gestora de recursos, quatro colocações de seus fundos de renda fixa no ranking “Melhores Fundos Para Institucionais”, da Revista Investidor Institucional. Os produtos foram classificados como “excelentes” pelo guia, que considera o período de 12 meses, até dia 30 de junho de 2020.
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