Educação pós-pandemia

Apandemia de 2020 já é, certamente, um dos fatos marcantes desta primeira metade do século XXI, com impacto em toda a vida social, com desdobramentos ainda muito imprevisíveis sobre a vida das pessoas. Há ainda muitas incertezas sobre tudo isso, mas o fato é que grandes transformações estão sendo “provocadas”, no contexto da 4ª Revolução Industrial, que, há tempos, quer impor novos estilos de vida. É possível que haja manipulação para favorecer essa nova realidade que se quer implantar em todo o mundo, mas há ainda muita especulação e também muitas teorias da conspiração circulando nas redes sociais. Nesse sentido, é preciso haver discernimento e busca de informações idôneas, com objetividade. O fato é que dentre os campos da sociedade mais afetados foi o da educação. Simplesmente, o ano letivo de 2020 foi praticamente desestabilizado, para não dizer perdido, que seria uma expressão forte, tendo em vista que o ano ainda não acabou. Mesmo assim, o transtorno foi inevitável, que colocou pais e professores, e também alunos, especialmente os da pré-escola, do ensino fundamental e médio públicos, sem saber o que fazer diante disso tudo. Em relação ao ensino a distância, funciona melhor no ensino superior e médio, mas nos demais níveis da educação básica, há muitos questionamentos quanto à sua eficácia, pois nessa fase é imprescindível a presença de pais e professores na formação dos alunos. E mais: boa parte não tem os meios tecnológicos adequados para atender às novas demandas.
O retorno às aulas em vários países, inclusive no Brasil, após a pandemia, suscita inquietações. Mesmo assim, há de enfrentar a nova situação, há de viver e buscar de modo responsável as novas possibilidades de aprendizado. O papa Francisco, na volta às aulas na Itália, expressou-se sobre o tema, em mensagem assinada pelo cardeal Pìetro Parolin. “Que o reinício do ano letivo seja vivido por todos com grande senso de responsabilidade, na perspectiva de um renovado pacto educativo, que tenha as famílias como protagonistas e que coloque a pessoa dos meninos e meninas no centro: seu crescimento saudável, bem formado e sociável é condição para um futuro sereno e próspero de toda a sociedade”. Esperamos que realmente esse novo tempo seja renovado por esperança, de que seja possível superar essa fase atípica, para que a educação cumpra a sua finalidade social, de formar a base da nova geração, com valores de vida.

VALMOR BOLAN
DOUTOR EM SOCIOLOGIA. PROFESSOR DA UNISA

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By Samanta Abdala

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