‘A pessoa me viu pedindo ajuda, mas acelerou e foi embora sem prestar socorro’, relata nadador atingido por lancha em Fortaleza


O triatleta Paulo Fernandes teve ferimentos graves no pé ao ser atingido pela hélice de uma embarcação enquanto nadava no mar da Praia de Iracema, no fim de semana. Paulo Fernandes foi atingido por uma lancha enquanto nadava no mar da Praia de Iracema, em Fortaleza.
TV Verdes Mares
O nadador e triatleta Paulo Fernandes, que sofreu um ferimento grave no pé ao ser atingido pela hélice de uma lancha disse em entrevista à TV Verdes Mares que chegou a pedir socorro para a pessoa que estava na embarcação, mas foi ignorado e deixado à deriva na água. O acidente aconteceu no sábado (19), no mar da Praia de Iracema, em Fortaleza.
“Eu fiquei meio desacordado e quando retornei vi que era uma lancha e até fiquei despreocupado porque pensei: ‘ah! ele vai me socorrer´ e eu fiquei gritando por socorro. A pessoa diminuiu a velocidade da embarcação e eu continuei pedindo ajuda, sinalizando com as mãos, mas ela voltou a acelerar e foi embora sem me prestar socorro”, relatou.
Homem é atingido por lancha enquanto nadava no mar da Praia de Iracema
Após ser atingido, o homem disse que, apesar do medo de se afogar, precisou manter a calma e nadou com dificuldade, fazendo esforço com os dois braços e apenas uma das pernas para conseguir chegar à costa. “Tive que me virar e nadar até a praia. A sorte é que mantive a calma e tenho prática no exercício de natação. Pedi socorro a cinco banhistas que estavam na orla. Ele que me levaram ao hospital”, disse. Um vídeo gravado por pessoas que estavam na praia mostra, ao longe, a chegada de Paulo à faixa de areia.
Forte pancada
O nadador estava retornando do percurso que costuma fazer cerca de cinco vezes por semana há pelo menos seis anos, quando sentiu uma forte pancada na cabeça. Ele afirmou que sempre toma cuidado, como uso de touca amarela para sinalizar e GPS e nunca havia tido problema desse tipo antes.
“Quando eu estava nadando na altura da Av. Barão de Studart eu senti uma coisa muito grande vindo nas minhas costas e bateu na minha cabeça, em seguida atingiu minha perna direita e me arrastou para baixo. Foi aí que eu senti uma hélice dilacerando meu pé”, conta.
A vítima passou por uma cirurgia de reconstrução do pé, uma vez que houve rompimento do ligamento do tendão. Foi necessário ainda a colocação de quatro pinos.
“O médico disse que eu tive muita sorte porque a hélice pegou em um ligamento que pode ser reconstruído. Eu tenho 60 dias aí de tratamento, fisioterapia, toda uma reabilitação, mas ele acha que eu não vou ficar com sequelas e que, ao longo do tempo, eu vou conseguir retornar às práticas normalmente e ter uma vida normal”, disse.
Investigações
A Capitania dos Portos do Ceará abriu um inquérito para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades do acidente. Quando concluído, o inquérito será encaminhado ao Tribunal Marítimo, que fará a devida distribuição e autuação e informará à Procuradoria Especial da Marinha para que adote as medidas previstas na Lei nº 2.180/54.
Após o susto, o atleta diz que se sente aliviado depois de lutar praticamente sozinho pela própria sobrevivência em alto mar, ao mesmo tempo em que espera que os condutores da lancha sejam responsabilizados.
“A sensação de superação para mim é enorme porque eu consegui sair e não me afogar lá. O meu medo era de não conseguir nadar, me afogar ali e ninguém saber a causa, o motivo, o porquê eu tinha me afogado. A minha vontade é só que achem o culpado e que ele seja responsabilizado não pelo meu atropelamento, e sim pela omissão do socorro”, finaliza.Comprar sibutramina (11) 94272-6195 pelo whatsapp no mercado livre, OLX, comprar sem receita em site seguro.

By Samanta Abdala

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