MP denuncia oito suspeitos da morte de motorista de aplicativo na Grande Fortaleza

Alexandre Fernandes foi morto em agosto. O corpo de Alexandre foi encontrado dois dias do desaparecimento.
Arquivo pessoal
O Ministério Público do Ceará (MPCE), por meio da 94ª Promotoria de Justiça de Fortaleza, denunciou oito suspeitos de integrar uma organização criminosa de desmanche de veículos que foi a responsável pelo assassinato do motorista de aplicativo Alexandre Fernandes, de 32 anos, em agosto deste ano.
O corpo dele foi encontrado no dia 12 de agosto, às margens da BR-116, entre as cidades de Itaitinga e Aquiraz, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). O motorista ficou desaparecido por dois dias até ser achado por uma mulher que passava pela rodovia.
O MPCE denunciou Lucas Monteiro de Freitas; Luan Vitor Araújo Silva; Helry Monteiro Araújo; Bruno Alisson Sousa; Vinicius Mahon Paiva; Gilberto Rodrigues Constantino; Alencarlos Lima Pinto; e Paulo Gomes dos Santos Caetano. Eles estão diretamente envolvidos no crime, seja pela própria execução do motorista, ou pela ocultação de provas e do cadáver ou pelo mando da ação criminosa.
Conforme a Secretaria da Segurança do Ceará, os homens faziam parte de uma quadrilha que roubava carros de motoristas de aplicativos e agia há, pelo menos, cinco meses.
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De acordo com o documento, Luan Vitor “foi quem atraiu a vítima para o assalto, através de um chamado efetuado a partir de um perfil falso”, cadastrado em um aplicativo de passageiros. No local do crime, Paulo Gomes teria abordado Alexandre e anunciado o assalto, mandando a vítima ficar “calma”.
Paulo teria mandado Alexandre parar o carro e estacionar para que Luan Vitor entrasse no veículo. O motorista teria se assustado com a chegada do comparsa e não quis seguir adiante, tentou tirar o cinto e segurar a arma de Paulo Gomes. Em seguida, os dois suspeitos
Desta forma, o MPCE pediu que a Justiça aceite a denúncia contra os integrantes da quadrilha de acordo com a participação no delito. Se o juízo assim entender, eles serão considerados réus na ação.
Foram denunciados:
Lucas Monteiro de Freitas, o ‘Playboy’: participou do crime, estando no carro de apoio;
Luan Vitor Araújo Silva: autor do crime de roubo e disparo contra a cabeça da vítima, e pela ocultação do cadáver;
Helry Monteiro Araújo: escondeu Luan Vitor em sua casa, sendo o veículo de apoio usado no crime, de sua propriedade;
Bruno Alisson Sousa, o ‘Bruno Poloca’: mandante do crime de roubo e da ocultação do cadáver da vítima, além de líder da organização criminosa;
Vinicius Mahon Paiva: em relação ao som automotivo da vítima;
Gilberto Rodrigues Constantino: encarregado de guardar o aparelho de rastreamento do carro da vítima e a arma usada no crime de latrocínio, sendo integrante do grupo criminoso;
Alencarlos Lima Pinto, o ‘Gago’: ficava com o produto final dos roubos praticados pela organização criminosa, responsável pelo “desmonte” dos veículos;
Paulo Gomes dos Santos Caetano, o ‘Osório’: autor do crime de roubo e do primeiro disparo contra a vítima, e pela ocultação de seu cadáver.