84 anos de credibilidade construída

Ao longo do século XX, o estado do Ceará contou com muitos jornais que, infelizmente, se perderam no tempo por muitos motivos. Isso prejudicou, de certa maneira, a área da mídia impressa na região. Uns dos que sobreviveram foi o jornal O Estado, fundado em 1936, que vem demonstrado ao longo de sua História o respeito ao leitor, informando o que acontece no mundo, no Brasil e em nosso estado. Sempre valorizando a imparcialidade e a verdade sobre os fatos.

Passando por inúmeras fases, pode-se destacar a primeira, com o advogado José Martins Rodrigues; a década de 1960, com Venelouis Xavier Pereira; em 1996 com Wanda Palhano e, em 2017 os herdeiros Solange Palhano, Ricardo Palhano, Steveson Palhano, Soraya Palhano e Rebeca Xavier.
O jornal sempre prezou pela veracidade das informações e a liberdade da imprensa, a ponto de ser uns dos únicos jornais em plena ditadura militar a lutar contra a censura imposta para todas os veículos impressas pelo governo. Essa postura só foi possível graças a Venelouis, que não aceitava ordens por telefone, obrigando os censores a irem para dentro da redação, gerando um conflito entre as duas partes. A posição de Venelouis em relação a isso podia ser explicada por uma frase dita pelo o mesmo. “Você jamais será livre sem uma imprensa livre”.

Exemplos que demonstram essa questão são os diversos jornalistas que foram perseguidos pela ditadura militar, que muitas vezes não tinham espaço em outros veículos, foram aceitos para ter uma oportunidade de emprego no jornal, onde pode ser citado o nome do militante e jornalista Francisco Auto Filho, que estava listado no index da repressão. Além disso, vários textos refutados em outros veículos foram publicados pelo o jornal.
A História do jornal, com quase um século de existência, se mistura com a da cidade de Fortaleza. Personalidades que estiveram à frente de O Estado no passado tornaram-se governadores, presidentes de estatais brasileiras, grandes educadores, juristas e políticos. Pessoas que se destacaram em nossa sociedade.

A contestação sempre teve vigor em O Estado, seja em tempos de glória, desafios e adversidades, a ponto de os jornalistas se tornarem destemidos atrás das máquinas de datilografar “Intimorata era o apelido que dávamos à nossa máquina de escrever. “Na frente dela, não tínhamos medo de nada”, disse o jornalista Frota Neto.

Os 84 anos de existência comprovam o quanto o jornal O Estado faz parte da trajetória da imprensa cearense, onde com seus títulos e notícias, leva a verdade das informações. Enfrentou crises, se modernizou e se mantém fiel aos seus princípios fazendo um Jornalismo sério, independente e defensor dos direitos essenciais da sociedade brasileira.

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By Acontece Ceará

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