Tiro que matou Alana Beatriz em Fortaleza tem reconstituição após um ano da morte

A reconstituição do crime que vitimou Alana Beatriz, de 26 anos, foi realizado na manhã desta terça-feira (5) no local do crime, no Bairro Luciano Cavalcante, em Fortaleza. Os trabalhos iniciaram às 9h e terminaram às 11h. A reconstituição foi feita mais de um ano após a morte. Participaram da perícia policiais civis e peritos da Perícia Forense do Ceará (Pefoce)Ministério Público do Ceará (MPCE)advogadosfamiliares e amigos da vítima estavam presentes.

Alana Beatriz Nascimento de Oliveira morreu baleada na testa na casa de Davi Brito. À época, Davi alegou que a jovem foi lesionada após um disparo acidental. A presença de Davi na reconstituição não é obrigatória, e ele não esteve no local.

A defesa do empresário Davi Brito, o advogado Leandro Vasques, defende que não houve execução e que a perícia realizada nesta terça vai provar isso.

“Desde o início, nós temos sustentado que não havia necessidade. Até porque a denúncia oferecida foi até importante porque constatamos no transcorrer da reprodução simulada dos fatos que a defesa do acusado ela também encontra guarida naquilo que foi desenvolvida. Até porque o disparo teria sido de baixo para cima e, portanto, não se trata de uma execução. E acreditamos que o laudo pericial da reconstituição irá constatar isso”, afirmou.

A irmã de Alana Beatriz, Vitória Oliveira, acompanhou a perícia e defendeu que a morte não foi acidental. A irmã da vítima afirmou que Alana era conhecida por todos que estavam na residência.

“A Alana foi chamada por um funcionário dele [Davi Brito] que estava aqui. Ele tinha relações pessoais do trabalho. Ele era amigo dele. A pessoa que chamou ela era amigo dele. Ela não era desconhecida não. Se foi acidente, porque não ligaram para a família?”

Vitória Oliveira lamentou impunidade na morte da irmã, há um ano. “Todos os dias a gente sente falta dela, o sentimento de impunidade continua até agora. Hoje, a gente veio mais uma vez buscar justiça e nesse um ano não paramos um segundo. Filme de terror, mas hoje estou dando entrevista porque foi por vocês que eu soube da notícia da minha irmã. É tudo muito lento”.

A tia da Alana Beatriz reclamou da demora do processo e espera que a justiça seja feita. “A gente fica toda nervosa por conta do acontecido. Um ano na batalha e nós vamos continuar. A gente tem muita expectativa, esperando que justiça seja feita. Espero que as nossas leis, aqui da terra, façam o papel dela, que ela cumpra o papel dela”.

“Nós estamos aqui fazendo justiça contra o crime que a pessoa lá fez, a gente está aqui lutando por justiça e nós vamos conseguir porque Deus é maior. Nosso advogado é Deus e Deus está com a gente. Vamos continuar lutando, não vamos desistir nunca, enquanto a justiça não for feita”, concluiu.

Em agosto do ano passado, a Justiça negou o pedido de prisão preventiva do empresário suspeito da morte da jovem. A defesa de David Brito diz não haver necessidade da prisão.

By Samanta Abdala

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