A manhã deste domingo (25) marcou a eleição do dirigente Samir Xaud, de Roraima, como o novo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Com a votação realizada na sede da entidade, no Rio de Janeiro, Xaud assume imediatamente o cargo, com um mandato válido até 2029.
Mesmo sendo o único candidato, Samir Xaud não conseguiu unanimidade, ao contrário do que aconteceu na última eleição que reelegeu Ednaldo Rodrigues. Dos 141 pontos possíveis, ele recebeu 103 votos, evidenciando divisões políticas dentro da CBF.
Com a participação de 26 federações estaduais e 20 clubes, a votação teve pesos diferentes: cada federação tem três pontos, os clubes da Série A valem dois pontos e os da Série B, um ponto.
O movimento de boicote liderado por clubes aliados ao presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Reinaldo Carneiro Bastos, marcou a eleição, mas acabou sem sucesso. Mesmo com clubes importantes como Cruzeiro, Operário e Santos na votação, houve ausências significativas como Bragantino, Ferroviária e a própria FPF, que haviam sinalizado presença anteriormente.
Além das definições da presidência, também foram escolhidos oito vice-presidentes e os membros do novo Conselho Fiscal. No discurso de posse, Samir Xaud destacou a modernização e construção coletiva como marcas de sua gestão, anunciando medidas como o fair play financeiro e a reorganização do calendário do futebol brasileiro.
A eleição acontece em um contexto de crise institucional, com o afastamento de Ednaldo Rodrigues por problemas envolvendo uma suposta assinatura falsa em um documento com o ex-presidente Coronel Antônio Nunes. Samir Xaud, candidato de consenso, terá o desafio de equilibrar interesses políticos e implementar reformas para tornar o futebol brasileiro mais competitivo e transparente.