Barraqueiros dizem que movimento caiu 90% após ataques de tubarão e questionam quem vai pagar por danos causados. Secretaria afirma que apuração foi aberta na Corregedoria e que ações preventivas devem continuar.
Barraqueiros que atuam na orla de Jaboatão dos Guararapes ainda contabilizam os prejuízos provocados pelo voo rasante do helicóptero da Secretaria de Defesa Social (SDS) – realizado no último sábado (1º), durante ação para retirar banhistas do mar em área com risco de ataque de tubarão.
Os comerciantes alegam que a ação da SDS foi realizada numa área onde o banho de mar não é proibido, na praia de Barra de Jangada, e que depois dos ataques registrados no em fevereiro e março o movimento de clientes caiu até 90%, dependendo da região da praia.
“A nossa preocupação é quem vai pagar o nosso prejuízo? A situação só não foi pior porque já era no final da tarde e muita gente já tinha recolhido as barracas. A gente teve uma reunião com o secretário de Turismo de Jaboatão e protocolou um documento solicitando ajuda com alimentos. É quase um mês e a gente tá amargando”, disse Suelânia Soares, vice-presidente da Associação de Microempreendedores da Orla de Jaboatão dos Guararapes.
De acordo com ela, os barraqueiros saíram de uma situação de lucrarem até R$ 1 mil por fim de semana (sexta, sábado e domingo), para uma realidade em que o lucro não chega a R$ 100 para um período semelhante, depois dos acidentes com tubarões. “A gente tá pela misericórdia!”, lamentou Suelânia Soares.
Outro barraqueiro prejudicado pelo sobrevoo do helicóptero do Grupo Tático Aéreo (GTA) da SDS foi Andreílson Gomes Sampaio. Ele contou ao g1 que tinha uma pessoa tomando banho de mar, que foi abordada pelo helicóptero.
